Assinalou-se no domingo, 13, os cinco anos da morte de Eugénio de Andrade, figura maior da poesia portuguesa do século XX. José Fontinhas de seu nome civil, nasceu a 19 de Janeiro de 1923 na Póvoa da Atalaia, concelho do Fundão, Beira Baixa. Em 1932 mudou-se com a sua mãe para Lisboa, onde passa a sua adolescência e desperta para a poesia.
Logo em 1940 publica Narciso, o seu primeiro volume de poemas. Apesar de a sua poesia ter chegado cedo ao grande público, torna-se funcionário do Ministério da Saúde em 1947, exercendo as funções de inspector administrativo durante 35 anos.
A sua actividade literária não se limitou à poesia. Escreveu ensaios e prefácios, colaborou em várias publicações, traduziu Garcia Lorca, organizou as Cartas Portuguesas atribuídas a Mariana Alcoforado. Em 1950 muda-se, por razões profissionais, para o Porto, cidade onde viveu até ao fim dos seus dias, legando-nos uma vasta obra que o imortalizou como um dos nomes cimeiros da cultura portuguesa.